France

Slots de vídeo e jogos

Por: Amanda Pacheco de Paula, Cíntia da Silva Xavier, Letícia Reis Cussat, Lívia de Souza Guimarães, Sarah Carvalho Batista. RESUMO A sequência didática "Construindo e escavando fósseis" é uma atividade prática que deve ser a plicada para o 6° ano após aula teórica sobre o tema de paleontologia. Essa propõe a r epresentação de estratos geológicos e réplicas de fósseis para aproximar dos alunos a ideia d os processos de fossilização, idade geológica, formação das rochas sedimentares, bem como demonstrar o cuidado necessário durante a descoberta de um fóssil e as informações que se obtém relacionando os diversos organismos com seus estratos. Para isso, a atividade sugere a confecção de réplicas de fósseis a partir de moldes representativos, a simulação de um sítio arqueológico ao colocar os organismos dispersos em camadas e posterior escavação destes, com atenção ao estrato correspondente a cada fóssil e aos organismos que partilham dos mesmos estratos. Junto à prática estão questões a serem respondidas que buscam avaliar o conhecimento adquirido pelos alunos, assim como fixar o conteúdo estudado. Palavras-chave: atividade prática; recurso didático; paleontologia; fósseis; escavação; réplica. 1. OBJETIVOS 1.1 Objetivos Gerais A atividade é direcionada a turmas do 6º ano do Ensino Fundamental, seguindo as diretrizes da Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Pretende-se abordar a Unidade Temática “Terra e Universo”, trabalhando o Objetivo de Conhecimento “Forma, estrutura e movimentos da Terra” dentro da seguinte habilidade: (EF06CI12) Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a formação de fósseis a rochas sedimentares em diferentes períodos geológicos. De acordo com a BNCC: “Identificar, nesta habilidade, envolve listar e categorizar as rochas pelas suas características, reconhecendo-as em relação à sua origem, como ígneas ou magmáticas, metamórficas e sedimentares. A habilidade trata também de reconhecer e compreender como se dá a formação dos fósseis e, ainda, como podem oferecer informações sobre a linha temporal geológica da Terra.” 1.2 Objetivos Específicos Esta prática tem como objetivos específicos: ● produzir réplicas de fósseis, de modo a demonstrar e ilustrar registros fósseis; ● simular o trabalho de escavação de um paleontólogo; ● trabalhar o reconhecimento e identificação dos processos naturais que ocorrem sobre os organismos e que levam à formação de fósseis; ● desenvolver a capacidade de definir e os tipos de fósseis. ● expor os conceitos de tempo geológico e estratificação relacionando aos fósseis. 2. INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO As rochas são componentes da litosfera, a camada sólida da Terra, que diferenciam entre si de acordo com seu processo de formação. As rochas magmáticas ou ígneas têm origem na solidificação do magma, enquanto as metamórficas se formam a partir de outras rochas pré-existentes quando há grande variação de pressão e temperatura na crosta terrestre, resultando em mudanças na estrutura, textura e composição. As rochas sedimentares, por sua vez, são criadas pelo acúmulo de sedimentos provenientes da degradação de outras rochas, que foram transportados para áreas de depressão e cimentados ao longo do tempo. Os sedimentos podem também ser originados de precipitação de minerais ou de substâncias orgânicas. O processo gradativo de acúmulo de sedimentos permite que nas rochas sedimentares sejam identificadas diferentes camadas (estratos) e estimada a idade dessas. Junto aos sedimentos, seres vivos, ou apenas partes de suas estruturas, podem também ser soterrados por novos sedimentos que chegam pela água ou outro agente transportador. Após o soterramento, os organismos são compactados com os estratos superiores e passam por processos químicos e biológicos ao longo do tempo, resultando na formação de fósseis. Os fósseis são os restos ou vestígios (traços) de seres vivos que existiram em períodos geológicos pré-históricos e estão preservados nas rochas sedimentares. Esses podem ser divididos em somatofósseis e icnofósseis. Somatofósseis: são restos orgânicos que foram preservados, sobretudo as partes duras, como conchas, ossos, dentes e troncos. Icnofósseis: vestígios fósseis nas rochas, como, por exemplo, pegadas, marcas de folhas ou de garras que apontam a presença de seres antigos. Com a descoberta da idade geológica que possui determinada camada da rocha sedimentar, entende-se que todos os fósseis nela encontrados têm a mesma idade, sendo aqueles presentes nas camadas inferiores, mais antigos e os dos estratos superiores, mais recentes. Portanto, esse conhecimento fornece pistas para remontar a história do planeta e dos seres vivos, entendendo a evolução das espécies e identificando aquelas que compartilharam a mesma era. Por outro lado, a conservação do registro fóssil exige muito cuidado, uma vez que a perda de parte dos organismos pode impossibilitar a sua identificação. Então, as réplicas de fósseis são construídas para evitar que as peças originais sejam expostas e danificadas, também para preservar a história, caso a original tenha sido perdida, além de aumentar o acesso ao estudo e conhecimento. Esta aula prática propõe a confecção de peças para simular o processo de fossilização, incluindo a construção de uma réplica, utilizando moldes de seres vivos ou de objetos que sejam representação de seres. O professor deve apresentar um exemplo ou imagens de fóssil para melhorar o entendimento da turma e embasar a atividade. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Retomando Conteúdos No momento da atividade, espera-se que os alunos já tenham tido contato com o conteúdo referente à prática, já familiarizados com conceitos básicos como os apresentados na introdução do roteiro. Neste primeiro momento, deve-se retomar estes conceitos, relembrando-os junto aos alunos: o que são fósseis? São apenas organismos (ou parte deles) que foram conservados ao longo de muitos anos, ou também suas marcas e vestígios? A partir disso, a discussão pode ser direcionada à conservação e exposição dos registros fósseis, introduzindo e relacionando o conceito das réplicas. Aqui podem ser apresentadas imagens ou amostras físicas de réplicas fossilíferas. Por fim, inicie o processo da atividade, apresentando as etapas de execução da atividade de confecção da réplica de um “fóssil”; a metodologia a ser seguida se detalha adiante. 3.2 Materiais necessários ● Organismos como folhas, flores, conchas e objetos como miniaturas de animais; ● Materiais moldáveis, como argila, massinha e biscuit; ● Recipientes grandes, como caixas plásticas; ● Material para encher os recipientes, como areia, arroz, feijão; ● Colheres e/ou pás pequenas; ● Pincéis médios e pequenos. 3.3 Etapa 1: criando os fósseis 1. Distribua o roteiro do aluno e peça para que respondam a primeira questão do roteiro; 2. Peça aos alunos que selecionem alguns itens que representem organismos fossilizáveis (folhas, flores, conchas, dinossauros e outros animais em miniatura). 3. Em seguida, eles deverão pressionar os itens selecionados nos materiais moldáveis, formando uma impressão de cada item a fim de criar uma réplica de fóssil; 4. Deixe os “fósseis” secarem até os materiais endurecerem totalmente. Obs.: recomenda-se a utilização de mais de um tipo de material moldável, a fim de obter diferentes tipos de resultado e demonstrar aos alunos que as diferentes condições ambientais influenciam no processo de formação de um fóssil. Dica: neste vídeo você pode observar e entender melhor o processo. 3.3 Etapa 2: “escavando” os fósseis 1. Divida a sala em grupos, de acordo com a disponibilidade de recipientes; 2. Encha os recipientes com diferentes materiais para simular a rocha, formando camadas para representar os estratos geológicos; 3. Coloque os fósseis produzidos de forma aleatória nos recipientes, enquanto os enche, para que fiquem distribuídos em diferentes camadas; 4. Em seguida, entregue os recipientes para os grupos, juntamente com as colheres e os pincéis; 5. Os alunos deverão cavar com as colheres com cuidado, sem misturar das camadas, até encontrarem algum fóssil e, ao encontrar, deverão usar os pincéis para, delicadamente, expor o fóssil e retirá-lo; 6. Peça que respondam as duas últimas questões do roteiro; 7. Recolha o roteiro respondido e realize a correção; 8. Devolva o roteiro aos alunos e peça para ser colado no caderno, logo em seguida das anotações da aula teórica sobre o tema. Atividade extracurricular: Sugerimos que seja agendada uma visita técnica ao Museu de Ciências Naturais da PUC Minas ou ao Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, uma vez que os estudantes poderiam interagir e visualizar diversos exemplares de fósseis, aprender curiosidades acerca deles e, consequentemente, enriquecer e consolidar ainda mais o aprendizado. 5. BIBLIOGRAFIA BNCC_Ensino Fundamental.xlsx. Disponível em:<https://docs.google.com/spreadsheets/d/108rimj-puqlkb1JCVY9NmUGAdgsPJSTu/edit?gid=209978037#gid=209978037>. Acesso em: 22 jun. 2024. BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site_ciencias_natureza.pdf. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1Bu3wwA9-9Yq5qtOYGl6nfYbD-tkKAcFe/view>. Acesso em: 22 jun. 2024. MG. Currículo Referência de Minas Gerais, 2018, e Plano de Curso do CRMG, 2022. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricular_mg.pdf e https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg SOARES, M.B. (Org.). A paleontologia na sala de aula. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Paleontologia, 2015. https://www.paleontologianasaladeaula.com/ Imagens de: Fóssil de Neuroptera - Paleontologia | Museu Nacional - UFRJ, Ufrj.br, disponível em: <https://www.museunacional.ufrj.br/dir/exposicoes/paleontologia/pale026.html>. acesso em: 27 jun. 2024. Fóssil de planta da Formação Crato - Paleontologia | Museu Nacional - UFRJ. Ufrj.br. Disponível em: <https://www.museunacional.ufrj.br/dir/exposicoes/paleontologia/pale011.html>. Acesso em: 27 jun. 2024. Titanossauro (réplica) - Paleontologia | Museu Nacional - UFRJ. Ufrj.br. Disponível em: <https://www.museunacional.ufrj.br/dir/exposicoes/paleontologia/pale034.html>. Acesso em: 27 jun. 2024.