Júlia Paula Rabelo¹*, Sandro Ferreira de Oliveira¹, Ian Vitor Moreira¹, Lívia Amanda Lepesqueur Borges Fabiano¹, Marcus Vinícius Santos Moreira¹ e Maria Clara Rosa Fraga¹.
¹ Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais - Belo Horizonte, Brasil. *juliapaula1905@gmail.com
Orientação: Adriano Pereira Paglia; Tatiana Garabini Cornelissen & Paulo Enrique Cardoso Peixoto.
Resumo
Com o advento da industrialização e da urbanização, aumentou-se a degradação ambiental. Por isso, muitos animais selvagens precisaram adaptar-se a esses ambientes ou fugir dos impactos causados pelos humanos, aqueles que não os faziam, se extinguiam. Outros animais, entretanto, foram domesticados pelos hominídeos, sobretudo para a criação de alimentos. Com o crescimento da população humana e, portanto, aumento da demanda de nutrientes, os animais domesticados começaram a ser criados em confinamentos marcados pelas condições insalubres. Tal condição anti-sanitária predispõe a contaminação por antígenos e o desenvolvimento de doenças entre esses animais e, pelo contato próximo aos seres humanos, permite a disseminação de patógenos dos confinados a esses últimos - como foi o caso das pandemias de gripe aviária e suína na década 00s. Para reverter tal situação e criar uma “sustentabilidade ecológica”, necessita-se alterar o cenário de produção alimentícia atual. Para tal, deve-se elaborar testes laboratoriais nos criadouros, melhorar as condições de higiene e isolar animais sintomáticos. Já aqueles animais silvestres que frequentam os centros urbanos, devem ser capturados e libertos em locais semelhantes aos respectivos habitats, além de restringir o acesso de alimentos deles e manter as cidades limpas. Portanto, procurar uma forma sustentável nessa interação ecológica é de extrema importância e cabe a sociedade adequar os comportamentos de modo a evitar os impactos causados pelos animais silvestres.
Impacto urbano sobre as interações de animais silvestres
O crescimento desordenado das cidades devido a urbanização e o aumento intensivo da população é um dos principais problemas relacionados à degradação ambiental, causando diversas mudanças no ecossistema, por meio da retirada de vegetação, poluição e mudança dos leitos dos rios, degradação dos solos, etc. A falta de recurso, que seria o espaço para a população viver em conforto, por causa do ritmo acelerado de crescimento das cidades, induz a invasão de áreas verdes, por conseguinte gera diversos problemas, como desequilíbrio ambiental, perda da biodiversidade, extinção de espécies pela perda do habitat natural e interação do ser humano com animais silvestres, que não é uma situação agradável por resultar em fatalidades de ambas as partes, acontecendo muitas vezes quando um animal peçonhento invade uma residência, por exemplo.
A pressão causada pelo crescimento das cidades brasileiras sobre o meio ambiente obriga os animais selvagens a se adaptarem a essa mudança ou fugirem para áreas que não haja contato humano, que infelizmente estão bastante reduzidas, pelo fato de muitos animais não conseguirem se adaptar, ou encontrar recursos para sobreviver, acontece a diminuição do número de indivíduos da espécie e ocasionalmente sua extinção. Animais silvestres que vivem nos grandes centros urbanos podem conseguir os recursos necessários para sua sobrevivência, entretanto enfrentam diversos problemas, como a competição entre espécies e acidentes fatais a exemplo de macacos eletrocutados em fiação elétrica e mamíferos que são atropelados, como o lobo guará que tem 34% de aumento de risco de extinção em função de atropelamentos (Grilo et al. 2021).
Figura 1. Atropelamento de Lobo Guará. FUNBIO, 2020.
Os saguis do gênero Callithrix jacchus e Callithrix penicillata são endêmicos do Brasil e possuem uma ampla variação geográfica, mas foram introduzidos, vítimas do tráfico de animais, em regiões onde não havia ocorrência, se tornando, portanto, uma espécie invasora. Essas espécies competem por alimentos, prejudicando espécies nativas e pesquisadores viram que a presença delas geram efeitos sobre o tamanho da população de Leontopithecus rosalia, o mico-leão-dourado, espécie ameaçada de extinção (Morais Jr., 2010). Outro tipo de relação ecológica impulsionada pelo homem é devido ao aumento de áreas de pastagens, que ocasiona a destruição de habitat natural para se tornar fazenda, com isso há a diminuição de presas naturais, além da própria habitação, fazendo com que onças-pintadas ataquem gados e gere conflitos com fazendeiros (Assis, 2020). Isso é um exemplo de predação e competição, e um exemplo típico do uso desequilibrado de recursos naturais.
Figura 2. Filhote de mico-estrela agarrado nas costas da mãe no Parque das Mangabeiras, Minas Gerais. Esse parque é visitado por milhares de pessoas anualmente e esses primatas interagem com os humanos a fim de conseguir alimento. Rabelo, 2023.
Produção animal e (re)emergência das zoonoses
Desde os primórdios da existência humana, nota-se a necessidade de haver uma interação ecológica por parte dos seres humanos a outros animais - esses últimos sendo utilizados como alimentos, meios de locomoção e, até mesmo, como companhia aos hominídeos (Zanella, 2016). Entretanto, com o advento da industrialização e da urbanização, houve uma mudança nessa ecologia, sobretudo, predatória. Nesse sentido, e considerando que os animais são hospedeiros de alguns patógenos que podem parasitar os seres humanos (Seimenis, 2008), diversas zoonoses começaram a surgir e assolar a população humana.
A pecuária marca a economia de alguns países, como aqueles pertencentes ao BRICS, uma parceria entre 5 das maiores economias emergentes do mundo, por isso há uma comoção para aumentar a produção de carnes (Guo et al., 2015). Entretanto, essa expansão pecuária é um dos principais responsáveis pela emergência de zoonoses. Uma vez que a demanda pelo consumo de carnes é cada vez maior, há uma prevalência da criação de animais em confinamento, predispondo o surgimento de diversas doenças (Zanella, 2016).
Figura 3. As práticas aplicadas nas granjas industriais não dão às galinhas a oportunidade de se comportar de acordo com a sua natureza. Lerrieri; Perussi & Sartori, 2021.
Visto isso, percebe-se que as zoonoses podem acometer tanto a economia, quanto a saúde humana (Joaquim et al., 2016). Estima-se que os impactos socioeconômicos dessas doenças de origem animal propiciam a perda de ⅕ de toda a produção mundial (Vallat & Wilson, 2003). Já nos impactos de saúde humana, calcula-se que mais de ¾ das doenças que acometem os humanos que surgiram nos últimos 100 anos são zoonoses (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, 2009). Com isso, é válido investigar formas de tornar essa interação ecológica entre humanos e animais mais equilibrada.
Diminuição de riscos no setor pecuário
A estratégia de manter animais e trabalhadores em ambientes confinados, com o intuito de otimizar as atividades pecuária, já é compreendida como um dos principais fatores determinantes para a disseminação de patógenos extremamente prejudiciais à população mundial - a alta densidade de animais corrobora em saneamento inadequado, também agravado por diferentes legislações relacionadas a regras sanitárias no mercado internacional. As pandemias de gripe aviária, em 2003, e gripe suína, em 2009, se tornaram exemplos que comprovam a relação entre a saúde humana e a indústria de produção animal.
Figura 4. Um dos maiores problemas encontrados em confinamento de bovinos é a quantidade de dejetos produzidos diariamente em um área reduzida. Lazia, 2012.
Com o objetivo de encontrar possíveis soluções para tal problemática, é necessário entender a relação comercial entre os países na realidade atual - a Organização Mundial do Comércio (OMC) permite que cada membro elabore suas próprias medidas de segurança sanitária, desde que possuam bases científicas. Portanto, cabe a cada governo definir maneiras de manter uma dinâmica equilibrada entre o bem estar da população e o mercado. Algumas medidas plausíveis são retratadas a seguir.
exigência de testes laboratoriais em aves, bovinos, suínos e demais animais contidos na indústria, a fim de identificar a possível presença de microrganismos patogênicos, tal qual Salmonella spp, E. coli, Staphylococcus aureus, Clostridium botulinum e Listeria monocytogens.
aumento da fiscalização referente às condições de higienização e cuidados nos ambientes de produção, incluindo a maquinaria, equipamentos utilizados e a fonte de alimento dos animais.
decretar medidas de quarentena caso haja suspeita e/ou confirmação de um animal infectado; é fundamental requerer a realização de exames por todos envolvidos no processo.
Melhor regulamentação nos centros urbanos
Não obstante à situação no agronegócio, o crescimento desenfreado de cidades de grande e médio porte acompanhou o processo de urbanização que vem ocorrendo nos últimos 70 anos e com isso, tem propiciado uma maior interação entre a população humana e animais silvestres. Este tipo de relação se mostra não balanceado para ambas as partes, haja vista que o ambiente urbano apresenta riscos ao bem-estar silvestre, bem como o contato humano pode promover a transmissão de doenças. Esta situação se torna ainda mais preocupante quando estimativas apontam que até 2030, cerca de 70% a 80% da população mundial esteja residindo nas cidades.
Apesar de ser permeada de controvérsias, atualmente entende-se a expansão urbana como inevitável diante do processo de ocupação global, seja por vias ordenadas de planejamento urbano, seja pelo surgimento de periferias sob condições precárias de saneamento básico e em locais de baixo valor de terra (os quais, não raramente, são ligados a zonas periurbanas de ocupação de fauna silvestre). Esta situação se agrava ainda mais ao levar em conta que a ocupação de um ambiente que antes fornecia uma série de recursos naturais à fauna e flora local leva a uma adaptação comportamental dos animais, que tendem a buscar alimento e abrigo em residências humanas e, na maioria das vezes esse encontro acaba resultando na morte do animal e em muitos casos, isso ocorre pela falta de informação da população sobre como lidar com animais silvestres quando há um problema iminente.
Além de ataques e perturbação do ambiente, o principal problema relacionado à convivência próxima de animais silvestres e humanos é a transmissão de zoonoses. Dentre as mais frequentes, temos raiva e histoplasmose (transmitidas principalmente por vetores morcegos); leptospirose, hantavirose e leishmaniose (roedores); clamidiose (papagaios); febre amarela (mosquitos, principalmente em regiões periurbanas e rurais); febre maculosa (carrapatos, principalmente de capivaras) e doença de Chagas (causada pelo vetor barbeiro, mas os reservatórios, aqueles animais que apresentam o parasita no próprio organismo, são mamíferos, principalmente gambás). Por fim, além de doenças infecciosas e parasitárias, os acidentes com animais peçonhentos, como cobras, aranhas e escorpiões também têm alertado sobre os riscos envolvidos no contato humano-animal exótico.
Figura 5. Aedes aegypti alimentando-se de sangue de um hospedeiro humano. Rabelo, 2023.
Ademais, outro conflito da interação animal silvestre e humanos deve-se a demanda de suprimentos como a carne bovina, fazendo com que aumentem a criação do rebanho destes animais domésticos e os habitats que abrigam os silvestres sejam reduzidas a áreas de pastagens. Isso leva algumas espécies carnívoras que em sua maioria são “evitadoras urbanas” a predarem estes rebanhos levando prejuízos aos produtores.
Tais fatos trazem à tona dificuldades em se lidar com os diversos problemas causados pelo contato humano-animal que, quase sempre, exige soluções integrativas.
Uma das possibilidades de resolução é o acionamento de um órgão ambiental especializado, que realiza a captura de animais silvestres avistados em cidades, posteriormente fazendo seu remanejo de volta ao seu nicho correspondente. Apesar de aparentar efetividade, esta solução não é completamente viável, haja vista que isto pode gerar uma sobrecarga nos órgãos em questão, que frequentemente não têm infraestrutura necessária para o aporte da grande quantidade de animais que captura. Com base nisto, o IBAMA, em sua Instrução Normativa 141/2006, conceitua as diretrizes para o manejo de fauna silvestre sinantrópica no Brasil, ou seja, manejo de espécies não domesticadas que têm proximidade com o ser humano. A partir desta, algumas recomendações de como se deve agir de maneira preventiva, evitando a necessidade de acionamento de órgãos ambientais de manejo são descritas a seguir;
restrição de fonte de alimentos: além de não alimentar diretamente animais silvestres, não deixar exposta a comida de animais domésticos, pois esse hábito pode atrair fauna sinantrópica;
limpeza do ambiente: manter a vegetação rasteira domiciliar baixa e eliminar entulho ou depósitos de lixos.
proteção dos animais domésticos: manter animais como galinhas, patos e pássaros em locais seguros durante a noite, reduzindo a predação por animais silvestres.
Estas recomendações fazem parte de um processo de, principalmente, conscientização popular, que deve ser ativamente promovido pela gestão municipal dos centros urbanos de ocorrência de animais silvestres.
Figura 6. Campanha pública para incentivar a população a não capturar nem alimentar os saguis. UFSC, 2017.
Vale ressaltar que além de um maior investimento em infraestrutura para órgãos de conservação/manejo ambiental e conscientização cidadã, a criação de leis regulatórias para a expansão urbana se vê necessária a fim de promover não uma limitação de crescimento, mas sim a ordenação deste, de modo a tornar cabíveis as medidas de enfrentamento ao encontro entre humanos e animais exóticos, bem como suas consequências negativas.
Conclusão
A necessidade de encontrar um equilíbrio na relação entre humanos e animais se torna ainda mais premente à medida que a urbanização continua a se expandir e a produção animal atende à crescente demanda global por alimentos. No entanto, essa busca por equilíbrio não deve ser vista como um obstáculo ao progresso, mas como uma oportunidade de promover o desenvolvimento sustentável.
Figura 7. A relação entre os seres humanos e os outros animais deve ser ecologicamente sustentável e não egocêntrica. Fesch and Leiwand, 2023?.
No setor pecuário, é imperativo adotar práticas mais sustentáveis, como a produção orgânica e o uso responsável de antibióticos. Isso não apenas reduzirá os riscos de zoonoses, mas também contribuirá para a saúde dos ecossistemas e a qualidade dos alimentos produzidos.
Nas áreas urbanas, o planejamento urbano deve considerar a preservação de espaços verdes e a proteção da fauna local, isso gera valoração ambiental por parte da sociedade, que valorizam esse serviço ecossistêmico pelos benefícios não materiais destes. Educar a população sobre como conviver com animais silvestres de forma segura também é essencial para evitar conflitos e prevenir zoonoses.
Além disso, a cooperação internacional desempenha um papel fundamental na gestão desses desafios. A colaboração entre países para estabelecer padrões sanitários e regulamentações eficazes pode ajudar a conter a disseminação de zoonoses em uma escala global, evitando gastos e perdas significativas ocasionadas pela disseminação de doenças.
Em resumo, a (re)emergência de zoonoses e os conflitos entre humanos e animais são questões complexas que exigem uma abordagem multifacetada. Encontrar maneiras de equilibrar o desenvolvimento humano com a conservação ambiental é essencial para garantir um futuro mais saudável e sustentável para todos.
Referências
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