O transplante de órgãos pode ser considerado o maior sucesso do século XX.
História
1933: primeiro transplante realizado. O órgão foi os rins, porém devido ao desconhecimento, o sangue do doador não era compatível com o receptor.
1954: transplante entre gêmeos univitelinos em Boston - USA.
1967: primeiro transplante de coração feito. Foi realizado na África.
1968: primeiro transplante de coração realizado no Brasil.
Opções de doadores
Existem basicamente três tipos de doadores: os que sofrem de morte encefálica, o doador vivo e o doador pós-morte. A morte encefálica é caracterizada pela parada total e irreversível de todas as funções encefálicas. Assim, primeiramente o encéfalo não funciona e cerca de 6 a 24 horas depois o cérebro fica isoelétrico e perde todas as suas demais funções. Como consequência, as pressões intracranianas aumentam, gradual deterioração e posterior parada cardíaca.
“Vou deixar escrito que quero ser doador”
No Brasil não existe doação presumida, isto é, não adianta o futuro deixar nada por escrito. As legislações referentes ao transplante são a Lei 9434 (4 de fevereiro de 1997), Portaria 2600 (21 de outubro de 2009), resolução SES número 0156 (26 de julho de 2013).
Portanto, caso você seja tenha interesse em doar (o que esperamos tal inciativa de todos), comunique sua família! Não há outro modo, após sua morte, do transplante ser realizado. A transferência só ocorre após autorização de seus familiares.
Dificuldade encontradas para doar
Os órgãos possuem horas limitadas para ser realizadas a transferência. O coração suporta cerca de 4 horas; rins 48 horas (se mantido em boas condições de estocagem); pulmão 6 horas; fígado 12 horas, etc.
Outras razões acontecem para que o transplante não seja efetivo, como a ocorrência de parada cardíaca (35%), sorologia positiva (18%), contraindicações no geral (11%), não autorização por parte da família (27%), família ausente (6%), não conclusivo (3%).
Assim, ressalto a importância do saber da família em relação a sua vontade de doar seus órgãos! A porcentagem da não autorização por parte de familiares é gigantesca (varia e pode chegar até 40%).
Quem banca o procedimento do transplante
Cerca de 90% é financiado pelo SUS.
Estrangeiros podem receber órgãos?
As leis a respeito de doação de órgãos são bem restritas e a transferência ocorre apenas em âmbito nacional. Portanto, não é permitido que os órgãos de doares brasileiros sejam doados para demais nacionalidades.