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Por que o uso do pesticida DDT foi proibido?

Atualizado: 11 de abr. de 2022

O DDT é um famoso inseticida que foi muito utilizado na época da segunda guerra mundial devido a algumas características específicas que ele apresenta. Com o tempo foram descobertos os seus malefícios e o pesticida DDT passou de um grande aliado da ciência para o grande vilão da história.

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O que é o pesticida DDT?


Sintetizado em 1874 pelo químico alemão Othmar Zeidler, o Dicloro Difenil Tricloroetano (DDT) só foi caracterizado com propriedades inseticidas após estudos feitos pelo químico suíço, Paul Müller em 1939.


O inseticida DDT foi amplamente utilizado antes e após a segunda guerra mundial no controle dos insetos vetores de doenças como a malária, o tifo, a leishmaniose visceral, além de piolhos e no controle de pragas agrícolas.


Era muito utilizado devido a algumas peculiaridades como seu baixo custo, alta toxicidade e suas especificidades.


No entanto, por causa do seu uso excessivo, a eficácia do DDT foi diminuindo gradativamente, o que ocasionou o aumento das doses que antes eram utilizadas, assim os insetos começaram a adquirir uma certa característica evolutiva de resistência ao inseticida.


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O que seria resistência ao inseticida?


É quando uma dose específica do inseticida, que antes era letal, ou seja, causava a morte de algum inseto considerado praga, já não tem mais o efeito desejado, fazendo com que sua dose seja aumentada.


O problema é que esse aumento começa a trazer inúmeros malefícios para todo o ecossistema, foi isso que a bióloga Rachel Carson relatou em sua obra de 1962, Silent Spring (Primavera Silenciosa).


Em seus estudos, Rachel percebeu que o DDT apresentava efeitos nocivos a algumas aves, em que ocorria uma diminuição considerável na espessura da casca de seus ovos, resultando na morte dos filhotes após o nascimento. Além disso, ela provou que o famoso inseticida não tinha o inseto como um alvo específico, sendo prejudicial a todos os outros seres presentes em seu ambiente de aplicação, inclusive o homem. De fato, isso ocorria por causa da sua capacidade de bioacumulação.


Qual a relação entre cadeia alimentar e bioacumulação?


O Dicloro Difenil Tricloroetano (DDT) apresenta uma capacidade enorme de se depositar nas camadas de tecido adiposo dos seres vivos através do contato direto, pela inalação do produto, ou de forma indireta, pela ingestão de alimentos contaminados.


Essa característica do pesticida é chamada de bioacumulação e gera, com o passar do tempo, um enorme acúmulo de toxinas nos organismos afetados, e tem um efeito catastrófico sobre a cadeia alimentar, isso porque consumimos muitos alimentos que podem estar totalmente contaminados.


Apesar de ter sido proibido no Brasil, o DDT ainda é muito utilizado de forma inadequada, o que pode causar muitos danos ambientais e à saúde humana.


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Quais malefícios o pesticida DDT causa à saúde humana?


Um dos principais problemas na saúde humana ocasionados pelo uso do DDT são de ordem endócrina, em que algumas substâncias têm ação semelhante à de hormônios, causando alterações fisiológicas. O inseticida também apresenta ação direta no sistema nervoso central podendo causar alterações comportamentais.


Alguns relatos na literatura ainda apontam sua relação com o câncer de pâncreas, quando há uma grande exposição ao mesmo, além disso, o DDT também é apontado como uma contribuição para o desenvolvimento ou potencialização do mal de Alzheimer.


O DDT foi um importante inseticida para o combate de vários insetos vetores de doenças e pragas agrícolas desde a sua descoberta, contudo, não podemos nunca ignorar a ciência quando se trata da construção do conhecimento em prol de alguma ação humana.


Sendo assim, as críticas feitas por Rachel Carson e vários outros cientistas foram muito importantes ao mostrar que apesar de seus benefícios iniciais o inseticida causava inúmeros malefícios e por isso, seu uso deveria ser cessado.


Para você professor

Para auxiliar você professor a planejar sua aula, damos exemplos de habilidades que podem ser desenvolvidas com seus alunos baseadas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), a partir do uso deste texto como material de apoio.


Com os objetivos de promover o conhecimento acerca de impactos ambientais, cadeias alimentares, saúde individual e coletiva, nós indicamos algumas das seguintes habilidades:


Ensino fundamental:


(EF04CI04) Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol como fonte primária de energia na produção de alimentos.


(EF09CI13) Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas.


Ensino médio:


(EM13CNT104) Avaliar os benefícios e os riscos à saúde e ao ambiente, considerando a composição, a toxicidade e a reatividade de diferentes materiais e produtos, como também o nível de exposição a eles, posicionando-se criticamente e propondo soluções individuais e/ou coletivas para seus usos e descartes responsáveis.


(EM13CNT105) Analisar os ciclos biogeoquímicos e interpretar os efeitos de fenômenos naturais e da interferência humana sobre esses ciclos, para promover ações individuais e/ ou coletivas que minimizem consequências nocivas à vida.


(EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus impactos nos seres vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da matéria e nas transformações e transferências de energia, utilizando representações e simulações sobre tais fatores, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros).


Se interessou sobre o assunto? Que tal consultar um dos nossos posts do Instagram que fala sobre o impacto dos agrotóxicos na vida das abelhas?


Escrito por: Fernando Vieira de Sousa Revisado por: Mateus Bispo


Referências bibliográficas:


Bachman, M. J.; Keller, J. M.; West, K. L.; Jensen, B. A. 2014. Persistent organic pollutant concentrations in blubber of 16 species of cetaceans stranded in the Pacific Islands from 1997 through 2011. Sci Total Environ. 2014 Aug 1; 488-489:115-23. doi: 10.1016/j.scitotenv.2014.04.073. Epub 2014 May 11. PMID: 24821437.


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Departamento Técnico-Normativo. Divisão de Meio Ambiente e Ecologia Humana. Organização Pan-Americana de Saúde: Manual de Vigilância da Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos, Brasília,1997.


Bull, D.; Hathaway, D. Pragas e Venenos: Agrotóxicos no Brasil e no Terceiro Mundo. Petrópolis: Vozes/OXFAM/FASE, 1986. 236 p.


Carson, R. Silent Spring; London: H. Hamilton. 1962.


Richardson, J. R.; Roy, A.; Shalat, S. L.; von Stein, R. T.; Hossain, M. M.; Buckley, B.; Gearing, M.; Levey, A. I.; German, D. C. Elevated Serum Pesticide Levels and Risk for Alzheimer Disease. JAMA Neurol. 2014 Mar; 71(3):284-290, 2014. doi: 10.1001/jamaneurol.2013.6030. PMID: 24473795; PMCID: PMC4132934.

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