top of page
Foto do escritorNutricionista Túlio Silva

Por que diabéticos podem consumir adoçante, mas não açúcar?

Atualizado: 25 de fev. de 2022

Você vai entender tudinho aqui no texto, mas de uma forma geral o adoçante não aumenta a concentração de glicose no sangue, ao contrário do açúcar. Esse aumento de glicose deve ser evitado para pessoas diabéticas.

Você já pensou em produzir conteúdo para Internet? Escrevemos um E-book 100% gratuito com diversas ferramentas perfeitas para isso. Aproveite!


Basta clicar em qualquer um dos tópicos para ir direto a parte que você deseja:


Você é um apaixonado por Biologia e Educação? Então nos siga no Instagram para conteúdos diários.


Antes de compreender a resposta da pergunta, vamos entender um pouquinho sobre o açúcar e o adoçante?


O açúcar é um carboidrato?


O açúcar, que é um tipo de carboidrato, após ser digerido e quebrado em glicose no sistema digestivo, será absorvido e encaminhado para o sistema hepático (composto pelo fígado, vesícula biliar e vasos sanguíneos) através do sistema circulatório.


Ao entrar no fígado, há 3 possibilidades de encaminhamento desse açúcar:


  • Restauração e armazenamento através de glicogênio, um carboidrato de reserva que é quebrado caso o corpo precise de energia, comumente em condições de gasto energético de emergência, ou seja, quando o corpo precisa de energia ou jejum;


  • Liberação para a corrente sanguínea. Cada uma dessas possibilidades acontecerá de acordo com a necessidade do organismo.


Beber água com limão em jejum emagrece? Confira no nosso post que preparamos para você.


Adoçantes


Existem diversos tipos de adoçantes e cada um possui uma propriedade e conformação química, que consequentemente impacta na forma como o corpo o utiliza.


De forma geral, após ser absorvido no intestino e encaminhado ao fígado, onde os adoçantes serão metabolizados, eles serão expostos na rede sanguínea e acarretarão em uma resposta glicêmica baixa ou nula, sendo posteriormente excretados pela via urinária.


Dessa forma, não acarretará aumento de glicose (açúcar) no sangue, o que é o principal fator que preocupa os médicos quando se trata de diabéticos.


Fizemos para você um kit de slides gratuito que deixarão as suas aulas ainda mais interessantes. Aproveite!


Por que o diabético não deve consumir açúcar?


A parte que mais impacta o diabético é justamente a liberação desse açúcar proveniente do alimento no sangue: o açúcar de adoçar, também conhecido como sacarose, possui alto índice glicêmico, o que significa que a velocidade de absorção e entrega desse açúcar no sangue é de alto valor e impacto.

Mas qual o problema desse aumento de glicose no sangue?


Esse quadro de “açúcar alto no sangue” é conhecido como hiperglicemia, isto é uma alta concentração de açúcar no sangue.


A molécula de açúcar, quando alta no sangue e em indivíduos com diabetes descompensada (não controlada por tratamento), causa uma série de complicações sistêmicas (problemas no organismo).


Essa molécula de açúcar nesses indivíduos atua de forma degenerativa e gera:


  • Estresse oxidativo, gerando aumento da reserva de adipócitos e que se romperem causam maiores problemas;


  • Causa complicações que envolvem o funcionamento e saúde de outros órgãos e tecidos como rins, sistema urinário, sistema venoso e principalmente cardiovascular.

Essas complicações são causas frequentes de hospitalização de indivíduos com hiperglicemia e possíveis complicações pós internação são comumente apresentadas.


Entender os conceitos dentro da biologia são muito importantes para os alunos. Confira nosso glossário COMPLETO da biologia com centenas de termos.


Diabéticos podem consumir adoçantes à vontade?


Percebemos que o adoçante pode auxiliar diabéticos no controle da glicemia. Mas afinal, o açúcar é vilão?


A resposta é simples, mas não é definitiva: tudo depende.


O adoçante pode ser utilizado como estratégia para controle da glicemia e do peso corporal de forma eficiente, desde que seja feita com um profissional adequado, ou seja, com um nutricionista.


Há também casos onde a simples substituição de adoçantes em indivíduos saudáveis não trouxe benefícios e controle na perda de peso.


Já o açúcar, em indivíduos saudáveis ou em acompanhamento, é apenas um dos vários aspectos que devem ser levados em conta na análise e montagem de um plano alimentar.


O papel do nutricionista será adequar e inserir o adoçante de qualidade e na quantidade correta ao caso de cada indivíduo.


Que tal conhecer mais sobre nutrição e alimentos? Visite os posts sobre em nosso Instagram:



Escrito por: Túlio Silva - CRN9 23110/P

Revisado por: Ana Luiza Dornas e Júlia Quintaneiro


Referências bibliográficas:


Alsahli M, Gerich JE. Renal glucose metabolism in normal physiological conditions and in diabetes. Diabetes Res Clin Pract. 2017 Nov;133:1-9. doi: 10.1016/j.diabres.2017.07.033. Epub 2017 Aug 7. PMID: 28866383.


Ahmad SY, Azad MB, Friel J, MacKay D. Recent evidence for the effects of nonnutritive sweeteners on glycaemic control. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2019 Jul;22(4):278-283. doi: 10.1097/MCO.0000000000000566. PMID: 31033578.


Brown RJ, de Banate MA, Rother KI. Artificial sweeteners: a systematic review of metabolic effects in youth. Int J Pediatr Obes. 2010 Aug;5(4):305-12. doi: 10.3109/17477160903497027. PMID: 20078374; PMCID: PMC2951976.


Cavalot F. Do data in the literature indicate that glycaemic variability is a clinical problem? Glycaemic variability and vascular complications of diabetes. Diabetes Obes Metab. 2013 Sep;15 Suppl 2:3-8. doi: 10.1111/dom.12140. PMID: 24034513.


Coto JA, Yehle KS, Foli KJ. The relationship between uncontrolled glycemia and the cost of hospitalization. Clin Nurse Spec. 2014 Sep-Oct;28(5):283-7. doi: 10.1097/NUR.0000000000000071. PMID: 25111408.


Foster-Powell K, Holt SH, Brand-Miller JC. International table of glycemic index and glycemic load values: 2002. Am J Clin Nutr. 2002 Jul;76(1):5-56. doi: 10.1093/ajcn/76.1.5. PMID: 12081815.


Giacco F, Brownlee M. Oxidative stress and diabetic complications. Circ Res. 2010 Oct 29;107(9):1058-70. doi: 10.1161/CIRCRESAHA.110.223545. PMID: 21030723; PMCID: PMC2996922.


Han HS, Kang G, Kim JS, Choi BH, Koo SH. Regulation of glucose metabolism from a liver-centric perspective. Exp Mol Med. 2016 Mar 11;48(3):e218. doi: 10.1038/emm.2015.122. PMID: 26964834; PMCID: PMC4892876.


Kim Y, Keogh JB, Clifton PM. Non-nutritive Sweeteners and Glycaemic Control. Curr Atheroscler Rep. 2019 Nov 19;21(12):49. doi: 10.1007/s11883-019-0814-6. PMID: 31741078.


Ranjan A, Schmidt S, Damm-Frydenberg C, Holst JJ, Madsbad S, Nørgaard K. Short-term effects of a low carbohydrate diet on glycaemic variables and cardiovascular risk markers in patients with type 1 diabetes: A randomized open-label crossover trial. Diabetes Obes Metab. 2017 Oct;19(10):1479-1484. doi: 10.1111/dom.12953. Epub 2017 Jul 10. PMID: 28345762.


Rui L. Energy metabolism in the liver. Compr Physiol. 2014 Jan;4(1):177-97. doi: 10.1002/cphy.c130024. PMID: 24692138; PMCID: PMC4050641.


Tey SL, Salleh NB, Henry J, Forde CG. Effects of aspartame-, monk fruit-, stevia- and sucrose-sweetened beverages on postprandial glucose, insulin and energy intake. Int J Obes (Lond). 2017 Mar;41(3):450-457. doi: 10.1038/ijo.2016.225. Epub 2016 Dec 13. PMID: 27956737.


452 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page